Orações para Bobby [Prayers for Bobby] não é um filme de final feliz, mas mostra que depois do final infeliz pode haver um recomeço. Mesmo que ele seja duro, angustiado e cheio de culpas nos questionamentos sociais e religiosos quanto à homossexualidade. O filme é também uma história sobre o amor materno. E nesta relação maternal está Bobby Griffith e Mary Griffith, interpretados pelos atores Ryan Kelley, 22, e Sigourney Weaver, 59. O filme foi baseado no livro homônimo publicado pelo jornalista Leroy Aarons, em 1995, que é fundador do National Lesbian and Gay Journalists Association. O filme foi exibido em janeiro na TV americana. Desde então, abre a discussão na trilogia homossexualidade-família-Igreja.
Bobby desapareceu, mas as suas angústias sobreviveram personificadas na imagem da sua mãe. Tal angústia materna supera e vence os ranços religiosos. Quebra os paradigmas sobre a palavra de Deus e suas interpretações por parte dos religiosos intolerantes e homofóbicos.
Principalmente no clichê de que Deus abomina o pecado, mas ama o pecador. Mas se Deus é tão poderoso e perdoa tudo, por que não salvou a vida de Bobby? É entre a palavra de Deus e a memória do filho que Mary Griffith tem que escolher. E o faz da forma mais humana, ainda que tardiamente.
Rodrigo Chaves
Membro do Grupo Somos Coloridos
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