"Ao caminharmos pelas ruas da cidade em que nascemos nos sentimos estranhos, clandestinos. O desafio que se apresenta é a desconstrução da idéia de que somos intrusos no lugar onde vivemos. No entanto, para concretizarmos esta idéia se faz necessário a participação e a compreensão da sociedade."

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Os limites da discussão de homossexualidade na esquerda

 

Homossexualidade não é obra do Satanás, não é doença e também não é uma opção, (como sabemos ninguém escolhe ser homem, bem como não escolhe ser mulher), mas então o que é homossexualidade?
Essa é uma questão sobre a qual, independente do que pensamos ou achamos, devemos promover e encarar um debate franco e fraterno se quisermos extirpar de nossas fileiras a homofobia, sob pena de não a combatermos na sociedade, pois propor - isso quando é proposto - o fim da homofobia na sociedade quando não a combatemos em nossas fileiras, é retórica pura simples.
Porque homossexuais devem viver nas sombras ou na marginalidade, mesmo quando participam de organizações políticas, mesmo as mais revolucionárias como essa NOVA CENTRAL que estamos em vias de construir?

A discussão LGBTT: Breve histórico


Do fim do século XIX até o início do século XX a liberdade sexual era uma das bandeiras do socialismo. Na Revolução Russa, logo após a tomada do poder pelo Partido bolchevique e durante a vigência dos sovietes, a homossexualidade era aceita, considerada como parte da liberdade sexual, algo próprio e inerente ao ser humano. A criminalização e discriminação eram combatidas. Com a chegada de Stalin ao poder a liberdade sexual e a discussão homossexual se tornam crime.
Dessa mesma forma, na Alemanha nazista, a liberdade deixa de existir no momento em que se proclama a pureza da raça, a estrutura familiar e sua moral como papel regulador e pequeno braço do Estado para o controle social, necessárias para o bom funcionamento da sociedade capitalista, fragilizada pela recente investida socialista. Para melhor perseguir os homossexuais dizia-se que relação sexual entre pessoas do mesmo sexo era "prática bolchevique".
Nesse período os homossexuais não se reconheciam publicamente e viviam em plena escuridão em suas casas, bares gays clandestinos e banheiros públicos. A comunicação se dava através de uma linguagem de códigos, para que não fossem reconhecidos.
Após o conturbado período das duas grandes guerras e com a polarização da Guerra Fria, o Brasil vive o Golpe Militar, que abafa e erradica a possibilidade de lutas sociais e questionamentos. Com a discussão atrasada e marginalizada a homossexualidade passa a ser tratada como doença mental.

Histórico do movimento LGBTT na esquerda brasileira.


Na década de 1970, com as mobilizações políticas contra o Golpe e a ditadura militar, os homossexuais começam a se organizar enquanto movimento social pela liberdade sexual e política. Esse movimento organizou-se a partir do jornal Lampião de Esquina, com o objetivo de discutir a homossexualidade e todo tipo de opressão.
No entanto, em 1978, no ciclo de debates da "Semana do Movimento da Convergência Socialista", com o objetivo de organizar um partido socialista, o grupo do Lampião de Esquina não foi convidado a participar pois eles ainda não tinham nenhuma identificação com a luta de classes. Isso gerou vários questionamentos sobre a necessidade da esquerda discutir a homossexualidade.
Na década de 1980 o movimento homossexual já está mais organizado com o grupo SOMOS e participa ativamente de atividades políticas com outros setores oprimidos. Organiza o I Encontro Nacional para discutir a homossexualidade e a intervenção com outros setores oprimidos e explorados na sociedade. Após esse Encontro um grupo de homossexuais participa do 1º de maio de 1988 no ABC paulista e reafirma que a luta dos trabalhadores é também uma luta dos homossexuais.

PT + CUT = extermínio do movimento LGBTT.


O PT e a CUT, em sua fundação, discutem a liberdade sexual, o direito à união civil de pessoas do mesmo sexo, a criminalização da homofobia e outros. No entanto, muitas propostas foram engavetadas e substituídas por um plano neoliberal, mais importante para sustentar o governo.
Além disso, o governo Lula, para garantir coligações e acordos partidários para chegar ao poder, aproxima-se do PP e do PL, ligados à igreja evangélica, que condena o movimento homossexual e considera a homossexualidade um distúrbio mental, ou pior, obra do demônio e não algo natural.
Outro exemplo é o vice-presidente da República, José Alencar, um cristão que só aceitou a parceria com o governo do PT com o engavetamento de todos os projetos contrários aos "princípios cristãos".
A CUT, que deveria estar do lado dos trabalhadores, na prática se opõe ao movimento LGBTT, ao permitir que sejam demitidos, por justa causa, trabalhadores que assumem a homossexualidade, em seus locais de serviço.

PSTU + CONLUTAS + PSOL + INTERSINDICAL + ANEL = Quase não há discussão sobre homossexualidade


O PSTU, que surge de uma das principais tendências do movimento operário, que integrou a Convergência Socialista, que levantava a discussão sobre a homossexualidade, parece ter esquecido o seu passado. Não privilegia a discussão. Na CONLUTAS ocorre o mesmo e a discussão sequer é fomentada. Não se tem orientação política e encaminhamentos nas categorias e entidades.
Com a unificação da CONLUTAS e Intersindical esse forte instrumento de luta não apresenta nenhuma discussão sobre a situação do movimento LGBTT, muito menos sobre o dia a dia opressivo para esse trabalhador.
A Pastoral Operária que também constrói o CONCLAT e que tem como fundamento os princípios cristãos e tem como líder Maximo o PAPA Bento XVI, pronuncia "que a existência da pedofilia na igreja é culpa da homossexualidade". Gostaríamos de saber como a Pastoral Operaria fará a discussão de homossexualidade no CONCLAT já que a igreja condena tais práticas sexuais.
A ANEL, que poderia ser uma organização combativa de estudantes, tratou com descaso a questão da homossexualidade. O Congresso de Estudantes de 2009, que tinha 20 GT's, possuía apenas um para a discussão das opressões. Em sua plenária final, ao invés de discutir planos de lutas que fortalecessem a ação de todos os oprimidos, só se preocupou em fundar uma nova entidade estudantil, passando por cima de quem levantasse outras preocupações.
Percebemos que a trajetória da esquerda não favorece a aproximação dos homossexuais combativos e ainda os distancia quanto à necessidade da organização para atuação conjunta. Nós chamamos a todos para fazermos discussões sobre o movimento LGBTT. Reivindicamos a unidade de todas as correntes e partidos de esquerda para discutirmos o movimento LGBTT e políticas para o desenvolvimento livre da sexualidade.
1º Por uma campanha nacional organizada pelos movimentos sociais e sindicatos em defesa dos direitos dos GLBTT´s.
2º Que a luta contra a opressão homossexual e o fim do capitalismo seja unificada;
3º Pela equiparação dos direitos e benefícios civis e trabalhistas para os homossexuais;
4º Pela garantia total aos GLBTT´s dos direitos civis, humanos e sociais reconhecidos aos heterossexuais!
5º Aprovação já do PL 112/06 que criminaliza a homofobia;
6º Pela livre manifestação afetivo-sexual dos GLBTT´s!
7º Liberdade aos setores oprimidos - mulheres, negros e homossexuais;
8º Educação de qualidade que conscientize e liberte;
9º Pela transformação das Paradas em manifestações de luta! Contra a mercantilização da Parada!
10º Fim da exploração do homem pelo homem!


Karen e Tarcísio.
Grupo Somos Coloridos

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


O Grupo Somos Coloridos é um grupo da diversidade sexual e em defesa dos direitos da comunidade LGBT, através uma luta árdua mais que estaremos conquistando  avanços passo a passo. Esse grupo tem como finalidade a discussão dos direitos da comunidade LGBT assim como estar sempre vinculado a lutas políticas rumo ao socialismo. Acreditamos que a opressão a comunidade LGBT não se traduz unicamente aos mesmos e sim a uma opressão gerada pelo capitalismo.
Temos como principais bandeiras de luta.
1º Criminalização da Homofobia – Assim como diz a palavra medo, ódio, aversão a homossexuais assim como toda a comunidade LGBT. Pela criminalização de todos agressores aos homossexuais! Punição a todos estupradores! Aprovação já da PL 122 que criminaliza a homofobia.
2º Direito a União Civil e estável a pessoas do mesmo sexo – Hoje o mundo tem nove países que legalizou a união civil entre pessoas do mesmo sexo e assim esperamos o mesmo do Brasil.
3º Adoção por Homossexuais – Pelo direito de uma criança ter uma família! Pelo direito de homossexuais adotarem!
4º Pelo direito a Saúde – Pelas garantias que todos os LGBT tenham o direito a saúde assim como os heterossexuais! Que os homossexuais possam doar sangue e ser tirados do fator de risco que a organização nacional de saúde os mantém! Que o travesti tenha o direito de fazer mudanças no seu corpo! Que os transexuais possam fazer a mudança de sexo no Brasil e que essa mudança seja gratuita! Que os LGBT sejam tratados como pessoas normais nós hospitais! E os hospitais que não atendem homossexuais sejam punidos, pois essa é uma forma de homofobia! E que a consciência das pessoas desvincule a ligação da homossexualidade a AIDS! Que os psicólogos e psiquiatras que dizem ter a fórmula para acabar com a homossexualidade percam seus direitos de exercer a função de psicologia e a psiquiatria!
5º Educação Sexual - Pela liberdade da sexualidade! Pelo fim do moralismo! Aulas de educação sexual dês do ciclo básico até o universitário! E que o homossexual tenha direito de dar aulas no ciclo básico particular!
6º Pelo fim da Discriminação na Militância - pelo fim do preconceito em nossas fileiras! Pelo fim da homofobia no movimento da classe trabalhadora.
7º Pelo direito de Trabalho de qualidade a todos os Homossexuais ou Transgêneros - As empresas que oprimir demitir ou não contratar homossexual sejam multadas e punidas!
8º Pela Liberdade Homo-afetiva - Que o homossexual tenha todos direitos civis garantidos aos heterossexuais! E pelo direito a moradia sem preconceito!
9º Parada Gay - Por uma campanha nacional organizada pelos movimentos sociais e sindicatos em defesa dos direitos dos LGBT! Pela transformação das Paradas em manifestações de luta! Contra a mercantilização da Parada! Que os homossexuais militantes da esquerda tenham o direito de se expressar na parada! Se as paradas na avenida paulista não votarem a ser paradas de luta que a esquerda construa uma parada paralela!
10º - Pela permanência a Luta contra todo o tipo de Opressão - Pelo fim da exploração capitalista! Pelo fim a opressão a negros, mulheres e homossexuais!

 Grupo Somo Coloridos

Atividade Aberta 12/11/2010 no Centro Universitario Fundacao Santo Andre


IMAGENS ATIVIDADE ABERTA

12/11/2010



IMAGENS ATIVIDADE ABERTA

12/11/2010



IMAGENS ATIVIDADE ABERTA

12/11/2010



IMAGENS ATIVIDADE ABERTA

12/11/2010


IMAGENS ATIVIDADE ABERTA

12/11/2010



IMAGENS ATIVIDADE ABERTA

12/11/2010



IMAGENS ATIVIDADE ABERTA

12/11/2010



Homossexualidade e a Bíblia



Documentário "For the Bible Tells Me So" (Como Diz a Bíblia)



"Há leis que tramitam no Congresso Nacional do Brasil para que a lei da mordaça (criminalização da homofobia), a pornografia, a pedofilia, o divórcio, a violência familiar, o infanticídio e o aborto se tornem completamente normais e legais na nação brasileira."

Pastor Paschoal Piragine Júnior.

Caros Amigos,

Postamos alguns vídeos em nosso blog para que todos tenham conhecimento e se conscientizem das ações que acontecem a todo o momento contra a nossa liberdade afetiva.

Ass: Grupo Somos Coloridos




Entrevista concedida ao Programa do JÔ:  Bispo e Senador Marcelo Crivela

Como se pode desejar a fraternidade entre os povos, a paz, se nao somos capazes de tolerar nosso proximo somente por que ha uma personalidade diversa da nossa? Teria mais méritos/reconhecimento um heterossexual como Bush/Hitler ou um homossexual de bem? Respeito reciproco, eis a resposta!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

MANIFESTO CONTRA A REITORIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ



Nós do grupo SOMOS COLORIDOS, onde a maioria de seus componentes são, ou foram estudantes do Centro Universitário Fundação Santo André, não podemos ficar complacentes com os ataques que alguns alunos vêem sofrendo da atual reitoria. Pois infelizmente estes ataques já estão no cotidiano dos alunos que militam por uma FSA não precária e mais democrática.
            Recentemente houve uma reunião da reitoria, onde a pauta era o aumento das mensalidades, que já são altas, para o ano de 2011. Havia alguns estudantes nesta reunião, que presenciavam encaminhamentos e aprovações totalmente arbitrários, e estes alunos, como já era de se esperar, pelo caráter militante, se manifestaram contrários às decisões ali tomadas.  
Agora próximo ao final do ano letivo, tomamos ciência de que os alunos que estavam participando desta reunião estão sendo processados judicialmente, por se manifestarem contra a reitoria.
Como foi dito no inicio deste manifesto, repudiamos esta decisão, pois assim como estes estudantes se posicionaram contra o que ali estava sendo ditado e lutando por algo maior. Nós do grupo SOMOS COLORIDOS, também lutamos por algo maior, maior que o preconceito, maior que o Estado, maior que as ideologias que nos são impostas. Lutamos por uma igualdade, onde todos tenham as mesmas vozes e os mesmos direitos.       

Ass: Grupo SOMOS COLORIDOS

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

CONDUTAS DESEJÁVEIS



Caros amigos,

Deparamos-nos nestes últimos dias com uma série de ataques a comunidade LGBT. Jovens foram agredidos e espacandos em um via pública por nada. Há um detalhe a ser mencionado sobre estes atos de violência que aconteceram na Avenida Paulista, estes foram DOIS casos que a imprensa divulgou através de diversas mídias.
Não podemos esquecer que nós somos 10% da população da brasileira, ou seja, 18 milhões segundo o CENSO 2010.
Provavelmente milhares de outros jovens foram agredidos ou sofreram algum tipo de violência por viverem sua condição plenamente.
De repente, ficamos sabendo que uma Instituição Secular de Educação criada e regida por uma doutrina cristã presbiteriana tem o seguinte posicionamento:
O reitor Augustus Nicodemus Lopes, lança uma nota em nome da Universidade Mackenzie tentando argumentar contra a PL 122/2006. Seus argumentos advêm de um livro que todos nós conhecemos a “Bíblia”.
Nosso opressor apresenta sua fala inicial:
(Salmo 1-diz: “... Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.”)
Pois bem caros amigos, pergunto a vocês o que é a MORAL? Para não sermos incoerentes vamos à etimologia da palavra.
“Conjunto de regras de condutas desejáveis num grupo social” - DICIONÁRIO HOUAISS.
Agora nos é apresentado um termo interessante “condutas desejáveis”. Vamos citar exemplos de condutas desejáveis que nos contemplem a sociedade:
Padres, Pastores que violentam crianças em nome de uma crença;
Famílias desestruturadas por pais que agridem, violentam e matam os seus filhos;
Homens que espancam e estupram suas própias mulheres e filhas;
Filhos que matam seus pais por heranças;
Esta dada a reflexão,
Quando vamos nos organizar de forma política, séria e critica. Para discutirmos ações práticas de conscientização.
E os nossos amigos, irmãos e companheiros da comunidade LGBT que moram em regiões precárias sem qualquer tipo de acesso a informação ou liberdade, de que maneira eles ficaram.
Enquanto nossas cabeças não forem arrebentadas com um taco de Beisibol, continuaremos aceitando a Moral e as Condutas Desejáveis que contemplem a sociedade.

Rodrigo Chaves
Grupo Somos Coloridos

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mackenzie divulga nota contra Lei da Homofobia...

Mackenzie divulga nota contra Lei da Homofobia; OAB fala em "postura da Idade Média"

A Universidade Presbiteriana Mackenzie divulgou em seu site, na última semana, uma nota em que se dizia contra a Lei da Homofobia. De acordo com o comunicado, assinado pelo chanceler [reitor] Augustus Nicodemus Lopes, “ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo (sic) não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos.” A lei torna crime manifestações contrárias aos homossexuais.
Segundo o Mackenzie, “as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil [controladora da instituição] firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação”.
O texto foi retirado do ar durante o feriado da Proclamação da República. A assessoria de imprensa do Mackenzie não disse o motivo pelo qual ele não está mais disponível no site.

Nesta terça (16/11), a assessoria de imprensa da instituição enviou ao UOL Educação outra nota em que afirma que “o pronunciamento sobre o PL 122 [Lei da Homofobia] é da Igreja Presbiteriana do Brasil, Associada Vitalícia do Mackenzie, feito em 2007, e se encontra em seu site.” No entanto, no comunicado emitido no site do Mackenzie na última semana, o chanceler afirma que “o manifesto presbiteriano sobre a homofobia (...) serve de orientação à comunidade acadêmica.”

Nota oficial do Mackenzie

O pronunciamento sobre o PL 122 é da Igreja Presbiteriana do Brasil, Associada Vitalícia do Mackenzie, feito em 2007, e se encontra em seu site.
O Mackenzie se posiciona contra qualquer tipo de violência e descriminação (sic) feitas ao ser humano, como também se posiciona contra qualquer tentativa de se tolher a liberdade de consciência e de expressão garantidas pela Constituição."

Indignação

A nota indignou grupos de defesa de direitos dos homossexuais e especialistas na área. Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Jayme Asfora, a postura do Mackenzie “lembra tempos da Idade Média”. “[A universidade está] Formando seus alunos na base do preconceito, da discrminação, indo de encontro à Constituição Federal. Ela prega, como um dos seus maiores princípios, a isonomia, a igualdade. Todos são iguais perante a lei”, afirma.
Para o presidente do GGB (Grupo Gay da Bahia), Marcelo Cerqueira, essa é uma postura “esperada” do Mackenzie. “É uma questão de consciência. O que move essa questão do Mackenzie é uma posição reacionária”, afirma. No comunicado, a universidade utiliza o termo “homossexualismo”, que deixou de ser usado por se referir à homossexualidade como doença.
O Mackenzie, na nota enviada ao UOL, diz também que “se posiciona contra qualquer tipo de violência e descriminação (sic) feitas ao ser humano, como também se posiciona contra qualquer tentativa de se tolher a liberdade de consciência e de expressão garantidas pela Constituição”.

ADOÇÃO DE CRIANÇA POR CASAL GAY.

Justiça de Roraima permite adoção de criança por casal gay 

Em Roraima, o instrutor de cursos Múcio Rosendo da Silva e seu companheiro Alexandre Lúcio de Faria ganharam o direito à adoção de uma menina que foi entregue pela mãe ao casal com nove meses de idade. Hoje, a criança tem dois anos. A guarda foi concedida pelo Tribunal de Justiça de Roraima através do Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Boa Vista. O pedido de adoção foi feito por meio da Defensoria Pública há cerca de um ano.
A mãe biológica prestou declarações no Juizado permitindo a adoção de sua filha pelo casal. "Ficou demonstrado que os dois [Múcio e Alexandre] formam uma entidade familiar estável e também está claro que o ambiente familiar proporcionado por eles é saudável", afirmou o promotor de justiça Márcio Rosa da Silva.

A CADA DOIS DIAS, UM HOMOSSEXUAL É ASSASSINADO NO BRASIL...

A cada dois dias, um homossexual é assassinado no Brasil, diz associação; RJ registra 600 denúncias de agressão em um ano.

Os incidentes envolvendo um estudante do Rio de Janeiro, baleado após a 15ª Parada do Orgulho Gay, e dois rapazes que apanharam de adolescentes na avenida Paulista, em São Paulo –ambos no último fim de semana–, reacenderam o debate sobre os direitos civis dos homossexuais.
Segundo os últimos dados do Relatório Anual de Assassinatos de Homossexuais (LGBT), publicado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e divulgado em março deste ano, foram registradas 387 mortes em todo o território brasileiro em 2009 e 2008 –média aproximada de um crime a cada dois dias –, um crescimento de aproximadamente 54% em relação ao biênio 2006-2007.
O Rio de Janeiro, em 2009, registrou oito óbitos. Bahia e Paraná ocuparam o topo da lista com 25 assassinatos cada Estado.

Violência no Rio
Desde o ano passado, as delegacias do Rio de Janeiro contêm a opção “homofobia” nos boletins de ocorrência como motivação de crimes. Com isso, o Rio se tornou o primeiro Estado a sistematizar dados oficiais de violência contra os homossexuais. Além disso, foi criado um Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, presidido pelo superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos do governo estadual, Cláudio Nascimento.
Segundo Nascimento, o Disque Cidadania Homossexual [0800 023 4567] registrou de julho deste ano até agora mais de 1.500 denúncias de discriminação –estima-se um índice de 2.000 denúncias só em 2009. Já em relação aos casos de agressão, foram computadas 600 denúncias nos últimos 12 meses feitas à polícia e a instituições de defesa dos Direitos Humanos. O levantamento é do programa Rio Sem Homofobia, do governo estadual.

Preconceito nas favelas
Outro levantamento, feito pela ONG Conexão G, sediada no complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense, mostra que diariamente pelo menos um homossexual é vítima de agressão nas comunidades carentes da cidade. Gays, lésbicas e travestis são espancados, ameaçados de estupro e até expulsos das favelas onde moram.
Para o presidente do Grupo Arco-Íris, Julio Moreira, os homossexuais que são agredidos nas favelas não denunciam os crimes em razão do temor por represálias de traficantes ou milicianos.
“O preconceito contra os homossexuais está, neste caso, associado a outros preconceitos existentes no contexto da favela. Existe uma lógica social diferenciada em relação ao ‘asfalto’. Muitas vezes, o homossexual tem que se adaptar para poder sobreviver. A gente sabe de relatos, mas ainda não há dados concretos. Muitos que vivem em comunidades não denunciam por temerem represálias”, diz.

Lei contra homofobia
Uma lei específica de criminalização da homofobia é a principal reivindicação dos grupos que atuam na defesa dos direitos dos homossexuais.

“A homofobia é uma questão real; é uma chaga social que precisa ser sanada. Necessitamos o quanto antes que o projeto de lei (122/06) que criminaliza a homofobia no país seja aprovado pelo Senado Federal. Precisamos de políticas públicas que fomentem a cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e combatam à homofobia, principalmente no âmbito da educação, a fim de que novas gerações mais plurais e respeitosas nasçam com novas perspectivas em relação à diferença”, manifestou-se o Grupo Arco-Íris em nota oficial.
Para Julio Moreira, as iniciativas públicas e a instância legislativa precisam “progredir de forma integrada”. “As iniciativas públicas e a legislação são dependentes. Uma lei não funciona se não for amparada por políticas públicas. Assim como existe uma lei dando amparo ao racismo, causando discussão na sociedade sobre esse tipo de preconceito, nós também precisamos de uma legislação que nos ampare."
O Conselho Estadual LGBT entende que a aprovação da lei é fundamental para a garantia dos direitos civis, assim como o reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Nesta quarta-feira (17), vários grupos de defesa dos homossexuais participarão de um Fórum LGBT para definir uma agenda de manifestações. A primeira deve ser uma passeata em Ipanema, na zona sul do Rio.
“Muitos setores conservadores não querem esse debate, pensam que afronta tradições religiosas. Nós não estamos falando de religião e sim de direitos humanos, do direito à vida. Precisamos ampliar o debate, que abrange tanto a questão do respeito ao próximo quanto os conceitos básicos da constituição. A homofobia atinge a todos os cidadãos, não somente os homossexuais” ressalta Moreira.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CONTRADIÇÕES DA REALIDADE




“Expo Business LGBT / Mercosul é uma feira de negócios diferente, totalmente focada em produtos e serviços orientados a um público específico, de alta escolaridade e grande poder aquisitivo. Um dos segmentos mais leais e lucrativos, alvo de estratégias comerciais de grandes marcas no mercado brasileiro, internacionalmente conhecido como LGBT.”

Pai de um dos suspeitos de agressão na Paulista diz que briga foi "como outra qualquer"
O estudante Gabriel Alves Ferreira, de 21 anos, presenciou o espancamento do colega de 23 anos na altura do número 900 da Avenida Paulista. Ambos estudam jornalismo. Segundo ele, o ataque não teve motivo.
- Eles passaram por nós, depois se viraram, chamaram o L. e atacaram com uma lâmpada fluorescente no rosto.
O rapaz caiu e continuou sendo atacado com socos e pontapés.
- Eu e mais um colega ficamos em choque, não pudemos fazer nada. Tudo durou menos de dois minutos.
O diretor de teatro Marcelo Costa, pai de um dos menores de 16 anos suspeitos da agressão, defende que o filho e os amigos participaram de "uma briga como outra qualquer" e nega ter havido atitude homofóbica.
- Ele participou de um confusão. Acho que ele errou, sim, em se meter em briga. Mas não foi como estão falando.
O pai do único maior preso, Eliezer Domingues Lima, admitiu que o filho tem pavio curto.
- É um menino muito bonito e foi assediado por homossexuais. Ele pediu para parar, eles não pararam. Aí, virou briga .



Amigos,

Acredito que temos que parar e refletir sobre a realidade dos fatos. A comunidade LGBT sofre constantemente ataques físicos e morais por diversas esferas da sociedade, podemos percerber estes ataques citando o exemplo de violência contra quatro jovens na Avenida Paulista neste último final de semana.
No entanto, alguns membros da comunidade LGBT esta organizando um evento de grande estrutura para que seja ampliado e divulgado o mercado de negócios para a comunidade.

Reflexões a fazer a todos da comunidade LGBT:

Nossos amigos estão sendo mortos, violentados, espancados e nenhuma ação efetiva é concretizada;

As correntes religiosas fundamentalistas e paranóicas pregam o extermínio dos homossexuais;

E a comunidade LGBT que deveria estar discutindo de maneira política e organizada sobre como podemos atuar para conquistarmos alguns direitos além do respeito a dinignidade da pessoa humana.  Simplesmente torna-se cúmplice do sistema, organizando eventos mercadológicos e hipócritas, imaginando que todos os indivíduos compartilham o conceito de cidadania.

Rodrigo Chaves
Grupo Somos Coloridos

sábado, 13 de novembro de 2010

Resultado da Atividade Aberta - 12/11/2010 no Centro Univ. Fundação Santo André



Resultado da Atividade Aberta.

No dia de hoje organizamos uma atividade aberta sobre as “Perspectivas para o Movimento LGBT no Século XXI”.  A atividade foi muito boa estavam presentes cerca de 50 a 60 pessoas inicialmente.
Um dos membros do grupo Rodrigo Chaves, apresentou a idéia do grupo aos presentes e fez um relato de vida. Após apresentação fizemos a exibição de 5 vídeos curtos, os dois primeiros abordavam a visão da Igreja sobre a homossexualidade, depois exibimos outros dois referente ao suicídio de jovens na comunidade LGBT e por fim um vídeo sobre a transsexualidade.
Na segunda etapa da atividade houve uma explanação histórica e social por outro membro do grupo Tarcísio Ramos. E para finalizarmos foram abertas as intervenções para os convidados se posicionarem e em seguida as saudações finais.
Acreditamos que a atividade por foi muito boa, conseguimos dialogar com as pessoas e já temos perspectivas ao movimento LGBT no próximo ano. A primeira é organizar um vídeo debate para a calorada. E a partir daí promover periodicamente discussões e ações ligadas a comunidade LGBT.

Ass: Grupo Somos Coloridos

GRUPO SOMOS COLORIDOS no Jornal ABCD Maior

Caros Amigos,

Segue o link da matéria do Jornal ABCD Maior sobre a retirada dos cartazes da nossa atividade.

http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=25287


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

NOTA DE REPÚDIO


Nota de Repúdio.


Nós do Grupo Somos Coloridos fixamos no dia 10/11/2010 pelo centro universitário cartazes chamando uma atividade aberta para discutir os rumos do movimento LGBT no século XXI, no Centro Universitário Fundação Santo André, ao chegarmos no dia 11/11/2010 nos deparamos com pelo menos 90% dos cartazes arrancados das paredes e salas do campus.
Repudiamos todo o tipo de boicote a atividades que vai contra a hetero normatividade ou aos princípios cristãos.
Repudiamos a tentativa de nos calar num ambiente laico onde as pessoas têm o direito de ir e vir. Repudiamos toda e qualquer truculência que seja usada para oprimir mais a setores que se opõe ao sistema colocado.
Desde já informamos a(s) pessoa(s) que tentaram nos calar, não conseguiram só nos motivaram ainda mais a fazer a discussão de uma forma franca e fraterna e as convidamos para participar no dia 12/11/2010, às 20h na sala 34 da FAFIL, da atividade aberta, dessa forma você(s) poderão romper com esses paradigmas contra os homossexuais.     

Ass. Grupo Somos Coloridos

domingo, 7 de novembro de 2010

ATIVIDADE ABERTA - “Perspectivas para o movimento LGBT no Século XXI”

Somos Coloridos e Espaço Socialista.

Convida.

Atividade Aberta.

“Perspectivas para o movimento LGBT no Século XXI”
“Com exibição de vídeos e debatedores”

Sexta-feira 12/11 às 20:00 hrs
F.S.A. Sala 34 - FAFIL



 
http://gruposomoscoloridos.blogspot.com/ www.espacosocialista.org.br


sábado, 6 de novembro de 2010

Romeu e Eu

ROMEU E EU

 Autor: Glauco Mattoso

Eu quero brincar com você.
Papai não deixa.
O Diretor proíbe.
A Esquerda se opõe.
Você me chama
e eu morro de vontade.
Papai me ameaça.
O Diretor me intima.
A Esquerda me aterroriza.
Saio escondido,
procuro por você,
mas eles me acham.
Papai me bate.
O Diretor me põe de castigo.
A Esquerda atenta contra mim.
Fico esperando,
você me procura,
nos encontramos no escuro,
nos pegam em flagrante.
Papai me expulsa.
O Diretor me interna.
A Esquerda me seqüestra.
Escapo e sobrevivo,
mas você não está livre.
É filho de seu Papai.
Disciplinado ao seu Diretor.
Prosélito da sua Esquerda.
Vivo solitário, você prisioneiro,
e não podemos brincar.
Castram nossa infância
porque você é igual a mim,
sua vontade igual à minha,
mas nos fazem diferentes.